António Portela.
Esta vida às vezes nos impõe dores que não entendemos. Por que sabotamos a nós mesmos? Por que somos nossos piores inimigos, e os mais ferozes adversários? Por que estendemos a longo percurso coisas que deveriam ser esquecidas? Que desconcerto é a comunidade dos homens!
Cada tentativa de aproximação leva inexoravelmente a repulsa, ao desconforto e obrigatoriedade de sempre ter que se submeter aos caprichos de outrem... Não há saída. Ficar só? Não. Não há felicidade sem compartilhamento. Segue a vida. Ela te leva, queria ou não. Segue o rio que deságua plácido no mar da solidão infinita das multidões bestializadas.