terça-feira, 26 de julho de 2011

A falsa sabedoria do matador norueguês

                               O Credo estúpido de Anders Behring
                                                
Sergio da Motta e Albuquerque, 26/07
atualizado em  29/07

Andei lendo o manual do Anders Behring (o matador norueguês). Infelizmente, o que ele diz sobre nós eu já ouvi de muita gente no Brasil: somos o que somos por causa da mistura racial. Tudo de ruim que existe entre nós é produto de nossa identidade mestiça. O argumento não passa de um lugar-comum de gente mal instruída. Ele também acredita que a Europa continuaria como centro do poder mundial, se não fosse por Hitler e sua loucura de conquistar o mundo, e liquidar os judeus. Será que ele nunca leu sobre a miséria que a Europa estava nos anos 30? E que mesmo se a Alemanha, recuperada entre 1933 e 1936, evitasse a guerra, a economia mundial jamais aceitaria a política econômica protecionista e isolacionista deste país. A Europa não iria admitir que a Alemanha sustentasse o bem-estar do povo alemão através da miséria dos outros países do continente. Era guerra ou guerra, tragicamente.

Ele acredita que os judeus europeus deveriam ter sido deportados para a Palestina ( e não exterminados). A Alemanha poderia libertar Jerusalém. Tinha poder militar para isso. Depois seria ajudada por Inglaterra e França na expulsão dos judeus da Europa. Estes, passado o susto, agradeceriam, por receber de volta a Terra Santa (sic). Este rapaz diz que detesta Hitler mas deve ter sangue dele: é burro como o carniceiro austríaco: será que ele ignora que a região estava sob mandato da Inglaterra, e  a Alemanha jamais se atreveria a atacar a Inglaterra no Oriente? Isto traria a guerra, e no Leste (área de influência russa). A Alemanha teria que começar uma guerra em duas frentes. E ela evitou isso a todo custo, depois de 1939. Senão por que assinaria um pacto de não-agressão com a Rússia?

Outra coisa: o grupo dele -"os cavaleiros Templários", não é racista, segundo o manual. Apenas prega a liberação dos povos indígenas (locais) da Europa, sem pretender fazer mal a outros grupos indígenas no mundo. Ele elogia Touro Sentado, o chefe Sioux que teria massacrado as tropas do General George Armstrong Custer, nos EUA, no final do século XIX. Chama Custer de Hitler (que, para ele, é um traidor da causa conservadora. Depois do fracasso deste, os conservadores foram empurrados para escanteio, e o multiculturalismo tornou-se hegemônico na Europa). Mas ele ignora que o chefe Touro Sentado - um homem nobre - não participou da batalha contra Custer. Ele era  um homem santo, para os índios. Tratava dos idosos. Ensinava as crianças. Ficou na retaguarda, protegendo as mulheres e as crianças, quando Custer atacou. A tribo sabia que ele era precioso demais para morrer naquele momento.  Este Chefe está no céu com Deus...

O movimento dele (que pode muito bem ter um só membro: ele mesmo...) diz que não é racista. Aceita mestiços leais, e mesmo gente de outras raças, desde que se convertam ao cristianismo, mudem de nome, e derramem sangue pela causa deles. "Serão tratados como irmãos", diz ele, e "terão seus lugares garantidos na Europa". Claro.... A população da Noruega inteira cabe na cidade do Rio de Janeiro, e mesmo juntando todos os "arianos" do mundo, o tamanho do exército não iria dar nem pra saída, numa guerra de libertação da Europa. Hitler também aceitou muitos mestiços no exército, porque o número dos “raças puras” não dava nem para o início de uma guerra...

O "livro", lá pelo final (pg.1167) contém uma mensagem aos mestiços: a libertação da Europa não vai depender da cor da pele nem da etnia, mas de lealdade aos valores tradicionais. Mestiços são bem vindos  entre os novos templários, disse o afilhado de imigrantes chilenos. Mas o tempo todo ele afirma que a homogeneidade racial é essencial para a organização de uma sociedade funcional (por isso o Brasil é um pais do "segundo mundo". Vejam só: ele nos promoveu do terceiro para o segundo mundo.... não é uma gracinha?). Anders Behring conviveu com multiculturalismo, em sua infância e adolescência: seus padrinhos vieram do Chile. Eram imigrantes nas terras norueguesas. Não sei como ele conviveu com isso, mas ele pensa que os maiores incentivadores do multiculturalismo são o governo, o Partido Trabalhista,  e  a parte do próprio povo norueguês que apoia o "politicamente correto". Um bando de traidores, segundo ele. É contra eles que ele dirige seu ódio. A prova maior foi o massacre da Ilha.

O argumento dele é cheio de contradições, ignorância em história, e pura estupidez - como atacar a Inglaterra através de Jerusalém, então nas mãos dos ingleses, para devolver Jerusalém aos hebreus. Outra proposição absurda de Breivik é acabar com os cursos de sociologia nas universidades. O mais triste é que o falso conhecimento dele convence muita gente. Por isso, educação de verdade é ESSENCIAL. Principalmente em ciências humanas (e, é claro, a língua do país...). Sem educação, cultura e valores humanistas, somos todos Anders Behring Breivik.

Outra coisa que me irrita demais nele: já cansou de ser protestante. São muito liberais e toleram tudo. São decadentes...E ele quer se converter ao Catolicismo. E ainda por cima, o Anders nasceu no dia 13 de fevereiro. Eu nasci no dia 12. Para os que acreditam em astrologia, e conhecem meu temperamento...

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Documentário "A Revolução digital" - The Digital Revolution"

Assista o documentário apresentado pela Drª Aleks Krototsky, que mostra a evolução da web. Ela traz os maiores nomes da rede, como Tim Berners-Lee, e os presidentes das maiores companhias da internet, para entendermos como ela vem mudando nossas vidas. E como vem sendo transformada de uma grande empreitada coletiva internacional, num "jardim murado", que é propriedade das grandes companhias da web. Teria ela fugido de sua finalidade original? Onde nos leva a experiência com a internet?
Assista ele todo aqui:
http://topdocumentaryfilms.com/virtual-revolution/

Este abaixo é o episódio 1. os outros estão na mesma página (são 4 no total).

http://www.youtube.com/watch?v=NPD4Ep_J81k&list=PL114B076F2F7AA761&feature=player_embedded

"The Virtual Revolution" - Full Documentary here or on Youtube ( in 4 episodes). (see disclaimer below)

"Twenty years on from the invention of the World Wide Web, Dr Aleks Krotoski looks at how it is reshaping almost every aspect of our lives.Joined by some of the web’s biggest names – including the founders of Facebook, Twitter, Amazon, Apple and Microsoft, and the web’s inventor – she explores how far the web has lived up to its early promise". Watch the documentary here:

http://topdocumentaryfilms.com/virtual-revolution/ (full documentary)

This bellow is episode 1. The others (4) are in the same page.
http://www.youtube.com/watch?v=NPD4Ep_J81k&list=PL114B076F2F7AA761&feature=player_embedded

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