Sergio da Motta e Albuquerque
Hoje eu disse adeus
à minha mãe. Ela dorme, agora, em uma tumba do Cemitério de São
Francisco Xavier. Nada mais sente. Não posso acreditar que nunca
mais irei vê-la. Sua imagem, a rezar quase possessa ao final de sua jornada, está fixa em
minha alma. Ela sabia que seu fim se aproximava. Sofreu muito
antes de partir. E não merecia. É duro saber que não posso mais
contar com ela. Não sei bem ao certo como continuar a viver. Ela se
foi para sempre. No dia de São José. E deixou este filho aqui,
perdido e desprezado pela família. Não tenho mais vontade de viver.