Por
mais justo e desejado pelos Democratas americanos, o "impeachment"
de Trump ainda é uma possibilidade muito remota. Ele nada fez que
pudesse comprometê-lo aos olhos da lei de seu país, e convencer 2/3
do Congresso do contrário, no momento, não é algo
factível, explicou
a BBC (19/5).
A
despeito disso, a pressão continua. Piorou depois que presidente
publicou um "tweet" mencionando o perdão
presidencial a ele mesmo. De qualquer forma, a não ser que as
eleições de meio de mandato mudem tudo no equilíbrio de forças no
senado e congresso ianques, durante a maior parte do seu atual
período, vai ser difícil afastá-lo.
Se
isso acontecer, virá ao apagar das luzes de seu governo. Do mesmo
modo que aconteceu com Nixon. Os americanos são pragmáticos:
afastar um presidente eleito é ruim tanto para a democracia quanto
para a economia. Desvaloriza os contratos públicos e o poder
soberano de uma nação, expondo-a a crises econômicas e prejuízos
que incidem principalmente sobre a população mais pobre, que não
tem dinheiro ou reservas e capital aplicado para
superar instabilidades
econômicas
inesperadas .
Os
políticos americanos tem alguma experiência em afastamento de
presidentes por meios legais e por assassinatos. Os brasileiros não.
O afastamento de Dilma Rousseff tirou nossa democracia dos eixos,
piorou muito o estado de nossa economia e mergulhou o país no caos.
Décadas de democracia desceram pelo esgoto publicado em base diária
pela imprensa nacional, irresponsável, submissa e mal preparada.
Recolocar
o país no caminho do crescimento vai custar muito mais tempo do que
o necessário, graças trauma do "impeachment" de uma
presidente que nunca foi culpada de nada para ser expelida do poder,
em primeiro lugar.