"Ao separar de forma radical a vida pública de nossa presidente da sua conduta privada, o senado brasileiro estabeleceu um precedente maroto que, em tese, deverá ser aplicado a todos os políticos acusados de corrupção, ou como no caso de Dilma, de má administração: a condenação civil sem imputação de culpa criminal ou impedimento de exercer a vida pública.
A Dilma cidadã, a 'vovó' Dilma, foi perdoada. Nada ficou provado contra ela. Já a Dilma pública, a presidente que foi responsabilizada pela nossa suposta “maior crise de todos os tempos” foi condenada. Primeiro foi impedida e depois afastada por conveniência do poder estabelecido em regime democrático. Se não houve golpe, agora o Brasil é parlamentarista e a sua “primeira-ministra” não soube, (ou não pôde) compor governo."