Luís de Eça
Os filhos que eu não
tive são minha maior fonte de orgulho. São bondosos. fortes,
independentes e bem sucedidos. O que mais um pai podeira desejar?
Nunca precisei sacrificar meu tempo (e meu imenso egoismo), por conta
de problemas ou necessidades deles. Os filhos que eu não tive vivem
em um mundo imaginário. Como sombras que marcam o chão sem nunca se
materializarem. Os filhos que eu não tive não competem comigo, não
brigam entre si e vivem muito bem entre eles. Não sei se são
religiosos, ateus ou o quê. E não me importo: o melhor na minha relação com eles é
que eu nunca preciso me preocupar.